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Barricas de Carvalho

As barricas de carvalho são tãããão especiais que merecem um post só para elas.

São utilizadas, principalmente, na fase de amadurecimento do vinho.


Viña Matetic - Valle del Maipo, Chile


Mas, por que o carvalho?

  • É flexível para montagem de barris;

  • Sua porosidade permite a micro-oxigenação: que o vinho respire, se desenvolva e amadureça. Esta função é benéfica para a estrutura do vinho e garante sua longevidade;

  • Agrega sabores e aromas, que podem ser acentuados ou não dependendo do processo de tosta que cada barrica sofre (baixo (low-toast), médio (medium toast) alto (high-toast));

  • Fornece taninos que se equilibram com os taninos da uva e podem intensificar a cor da bebida;

  • Podem ser utilizados tanto para vinhos tintos como os brancos.


Quanto menos usada a barrica, maior a sua influência nos aromas e sabores do vinho, pois permite maior oxigenação e seu taninos ainda estão bastante vivos. As barricas novas, utilizadas pela primeira vez, são chamadas de “barricas de primeiro uso”, reutilizadas pela segunda vez “de segundo uso”, pela terceira vez “de terceiro uso” e assim por diante. Normalmente, até o "segundo uso", as barricas ainda exercem grande influência no vinho, após isso, devido aos resíduos acumulados, esta influência diminui.


Existem basicamente, 2 tipos de barris de carvalho utilizados no mercado do vinho: o francês e o americano.

  • O francês (Quercus robur): O custo do carvalho francês é bem mais elevado que o americano; mais poroso, permitindo maior contato com o oxigênio; possui maior absorção de seus taninos e aromas pelo vinho; normalmente é utilizado em vinhos que vão para guarda; fornece toques de café torrado, manteiga, baunilha, pimenta, cedro, cravo e especiarias.

  • O americano (Quercus alba): Em geral, custam metade do preço do barril de carvalho francês; sua estrutura permite um menor contato com o oxigênio, pois sua porosidade é mais justa, mais compacta; normalmente é mais utilizado em vinhos jovens; fornece aromas de côco e baunilha.

Porém, o uso destas barricas requer um investimento alto (mais alto para o carvalho francês que o americano). Muitos produtores não têm condições de arcar com estas despesas, então, existem algumas alternativas para introduzir os efeitos da madeira ao vinho:

  • barricas usadas: normalmente, após o terceiro ou quarto uso, os grandes produtores comercializam suas barricas por preços mais acessíveis, visto que as cores e os aromas a serem incorporados ao vinho serão mais suaves;

  • chips: são pedaços, lascas e/ou pó de carvalho introduzidos nas barricas a fim de aumentar os aromas trazidos para o vinho.

A escolha por qual carvalho usar é do enólogo e baseia-se no objetivo que se pretende atingir com cada vinho.

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