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Vinhos por Caroline Vizzotto Chieli

Caroline Vizzotto Chieli,

Enóloga na vinícola Pizzato Vinhas e Vinhos

"O fundamental para se ter um bom vinho

é ter uma boa matéria prima.

1. Fale um pouco sobre você e como começou suas história com os vinhos.

Em 2010, ingressei no curso superior de Tecnologia em Viticultura e Enologia, no IFRS (Instituto Federal do Rio Grande do Sul) Campus Bento Gonçalves. Inicialmente, escolhi o curso por gostar muito da área química, por viver na região dos vinhos e estar imersa nesta tradição. Concluí o curso em 2013. Já em 2015, sentindo a necessidade de me aprofundar mais na viticultura, iniciei uma pós graduação no IFRS, pois o fundamental para se ter um bom vinho é ter uma boa matéria prima.

2. Como surgiu a oportunidade de trabalhar na Pizzato? Conte também um pouco das suas experiências anteriores.

Iniciei o meu trabalho na Pizzato em 2013 na área do enoturismo e depois segui para a área comercial que trabalho desde então. No início da graduação, trabalhei no enoturismo em outras três vinícolas, além de ter realizado dois estágios na área técnica.

3. Fale sobre a produção dos vinhos na Pizzato. Qual o vinho carro chefe da vinícola?

A Pizzato Vinhas e Vinhos trabalha exclusivamente com uvas próprias. Divididas em duas áreas de produção de uvas, Drº Fausto de Castro (Dois Lajeados/RS) e no Vale dos Vinhedos (Bento Gonçalves/RS). Cada linha tem uma proposta de vinificação: os vinhos da linha PIZZATO têm por filosofia serem concentrados, complexos e com boa capacidade de amadurecimento; os da linha FAUSTO são vinhos de características mais para o frutado, jovem e de corpo médio.

O vinho carro chefe é o PIZZATO Reserva Merlot, que foi o primeiro vinho elaborado pela PIZZATO em 1999 e até hoje é um grande destaque na empresa.

4. Qual o papel de um sommelier? Quais os seus principais desafios?

O papel do sommelier é direcionar a compra para o cliente, proporcionando a melhor experiência. Este não está apenas preso ao lado da mesa, em um restaurante, fazendo a harmonização para aquele prato que o cliente escolheu, ele também tem como função: selecionar os vinhos para carta do restaurante em função do estilo, preço, perfil de público e perfil de pratos da casa. Além disso, o sommelier por muitas vezes, também faz um trabalho parecido junto as delis, lojas de vinhos e supermercados. Tem que estar antenado com as novas tendências do mercado: preços, taxação, perfil de produto, estilo de cada público alvo do estabelecimento.

5. Por que a harmonização do vinho é importante? Como escolher o melhor vinho para cada tipo de refeição?

A harmonização de um prato é importante para que o consumidor tenha uma melhor experiência, onde ressalte o vinho e o prato. A ocasião, os aspectos climáticos, principais ingredientes, estrutura do prato e do vinho são alguns dos elementos que devem ser levados em conta para que a harmonização seja perfeita.

6. O que você recomenda aos futuros sommeliers? Recomenda algum curso? Qual é mais reconhecido no Brasil? E fora?

Recomendo procurar cada vez mais se profissionalizar, estar atento às mudanças de mercado e muito cuidado ao propagar informações do mundo do vinho, certificar-se de que não falsas.

No Brasil, temos ótimos cursos em algumas instituições, como por exemplo: WSET, ABS, Senac, SBAV e FISAR. Recentemente fiz o nível 2 do Wset (wine and spirit education trust) e fiquei impressionada com a qualidade do curso e sua metodologia de degustação, que conta com reconhecimento internacional.

7. Sobre seus vinhos preferidos… que estilo de vinho nunca falta na sua adega?

Gosto de vários estilos: brancos, rosés, tintos, espumantes, vinhos de sobremesa, isso depende muito da ocasião. Mas sempre gosto de ter um espumante à mão, por ser um coringa na harmonização acaba se adequando a várias situações. Sempre tenho uma garrafa de Fausto ou PIZZATO Brut na adega esperando para ser aberta.


8. Faça uma sugestão de um vinho e o prato que melhor harmoniza com ele.

Hummmm... é difícil escolher um vinho só, mas pensando em um único vinho e neste clima de inverno, vou de FAUSTO Gran Reserva Verve.

Um corte de Cabernet Sauvignon, Merlot e Tannat com 12 meses de amadurecimento em barricas de carvalho francês. Um vinho encorpado com notas de frutos negros, notas mentoladas, especiarias como pimenta preta e tabaco, com acidez e taninos equilibrados; e longo final de boca. Eu harmonizaria esse vinho com um Entrecôte ao ponto, acompanhado de um risoto ao funghi.


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